Agora defensor de CPI, Wagner trabalhou para esvaziar investigação de atos antidemocráticos; relembre

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Alexandre Galvão

Política

20 de abril de 2023 às 14h39

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Foto: Edilson Rodrigues/Senado Federal

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Um dos senadores que retirou em março a assinatura do requerimento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, o senador baiano Jaques Wagner (PT) mudou de opinião e tem endossado, publicamente, a instalação do colegiado. 

Hoje, após a demissão ministro do GSI, Gonçalves Dias, por colaborar com os atos golpistas, o petista disse não ver "qualquer temor" sobre a abertura da CPI ou uma CPMI - onde participam senadores e deputados. 

“Não vejo qualquer motivo para o governo temer a abertura de uma eventual CPI ou CPMI para apurar os crimes cometidos durante os atos antidemocráticos do 8 de janeiro. A pauta perdeu força, pois os órgãos seguem atuando e avançando nas devidas investigações deste triste episódio”, disse Wagner. 

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A fala representa uma mudança bastante sensível na postura do senador, que é também líder do governo na Casa. Em fevereiro desse ano, poucos dias depois dos ataques que vandalizaram diversos prédios públicos, Wagner criticou publicamente a possibilidade de instalação da CPI. 

"Eu entendo que devemos usar CPIs para apurar coisas que efetivamente possam contribuir com a sociedade. Acho que os fatos de 8 de janeiro, com muita tristeza, já estão esclarecidos", alegou, à época. Ele disse ainda que CPI tiraria o foco de temas prioritários para o governo, que agora se vê às voltas para aplacar a narrativa bolsonarista de que toda arruaça teria sido feita por "infiltrados petistas". 

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