Presidente do TSE defende no Senado sistema eleitoral nos moldes da Alemanha

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Política

05 de julho de 2021 às 14h26

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Foto: CARLOS MOURA/SCO/STF

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, defendeu nesta segunda-feira (5), no Senado Federal, a implantação do sistema distrital misto nas eleições, sendo metade das vagas preenchidas por voto no partido e a outra metade pelo sistema de votação majoritária em distritos. 

Barroso defendeu a implantação do sistema eleitoral brasileiro nos moldes do atual sistema alemão. Para determinar a composição do Parlamento Alemão, cada eleitor dispõe de dois votos: direto e em legenda.

Com o voto direto, o eleitor escolheria um candidato para representar seu distrito eleitoral, com representantes eleitos por voto direto. Os eleitos ocupariam metade das 513 cadeiras da Câmara dos Deputados, por exemplo.

A outra metade seria definida pelo voto em legenda, este segundo voto determinaria a força de cada partido dentro do Congresso.

“São Paulo, por exemplo, tem 70 deputados e 35 milhões de eleitores. Então, 35 vagas iriam pelos votos do distrito e 35 pelos votos do partido. O estado seria dividido em 35 distritos, cada um com um milhão de votos, e cada partido lançaria o seu candidato em cada distrito e os mais votados teria a vaga", explicou o presidente do TSE.

Ainda de acordo com Barroso, o TSE propõe uma fórmula diferente da votação em lista fechada, o chamado "semidistritão", alvo de críticas por especialistas e políticos tanto da situação quanto da oposição.

“Se o eleitor quiser, ele vota na legenda e segue-se a lista partidária, mas, se o eleitor preferir, ele pode votar no seu candidato e se o candidato tiver coeficiente eleitoral próprio ele fura a lista”, apresentou.

Especialista define o "semidistritão" como uma “jabuticaba brasileira", que poderia colocar o Brasil num período de transição sem fim.

"Entendemos que esse [novo] sistema baratearia o custo das eleições, aumentaria a representatividade e facilitaria a formação de maiorias políticas, porque a excessiva dissolução das forças partidárias dificulta a governabilidade e obriga a um relacionamento fisiológico com o Congresso”, defendeu Barroso.

Com informações do Jornal A Tarde.

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