O<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/133362,ramagem-diz-que-tinha-aval-de-bolsonaro-para-realizar-gravacao" target="_blank"> delegado federal Alexandre Ramagem</a> compareceu nesta quarta-feira (17) &agrave; Superintend&ecirc;ncia da Pol&iacute;cia Federal no Rio de Janeiro. Estava previsto para esta tarde seu depoimento no &acirc;mbito das <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/abin" target="_blank">investiga&ccedil;&otilde;es sobre poss&iacute;vel uso ilegal da Ag&ecirc;ncia Brasileira de Intelig&ecirc;ncia (Abin)</a>, que ele dirigiu entre 2019 e 2022, durante o governo do <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/jair%20bolsonaro" target="_blank">ex-presidente Jair Bolsonaro</a>.

O caso vem sendo apurado desde o ano passado como desdobramento da Opera&ccedil;&atilde;o &Uacute;ltima Milha, deflagrada em 11 de julho de 2023. A Abin &eacute; o servi&ccedil;o de intelig&ecirc;ncia civil do Brasil e est&aacute; vinculada diretamente ao Gabinete de Seguran&ccedil;a Institucional (GSI) da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica. H&aacute; suspeita de uso ilegal de sistemas da Abin para espionar autoridades e desafetos pol&iacute;ticos durante o governo de Jair Bolsonaro. O ex-presidente tamb&eacute;m &eacute; investigado.

O depoimento de Ramagem acontece dois dias ap&oacute;s o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubar o sigilo de grava&ccedil;&atilde;o feita pelo delegado em reuni&atilde;o ocorrida em agosto de 2020. A decis&atilde;o foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes na segunda-feira (15). O encontro gravado contou com a participa&ccedil;&atilde;o do ent&atilde;o presidente Jair Bolsonaro e do ent&atilde;o ministro GSI, Augusto Heleno.

Tamb&eacute;m estiveram presentes na reuni&atilde;o advogadas do senador e filho do ex-presidente, Fl&aacute;vio Bolsonaro (PL), que vinha sendo investigado por suspeita de &quot;rachadinha&quot; em seu gabinete durante o per&iacute;odo em que foi deputado estadual no Rio de Janeiro. A situa&ccedil;&atilde;o foi pauta da reuni&atilde;o. As grava&ccedil;&otilde;es revelam conversas para que &oacute;rg&atilde;os oficiais fossem usados com o intuito de influenciar o encerramento da investiga&ccedil;&atilde;o contra o senador.

O &aacute;udio foi encontrado pela Pol&iacute;cia Federal em um computador apreendido em endere&ccedil;os ligados &agrave; Ramagem. O conte&uacute;do d&aacute; a impress&atilde;o de que a grava&ccedil;&atilde;o do encontro ocorreu sem o conhecimento dos demais participantes. A certa altura, Bolsonaro afirma que &quot;a gente nunca sabe se algu&eacute;m est&aacute; gravando alguma coisa&quot;. Ainda assim, ap&oacute;s a queda do sigilo, o delegado afirmou que o ex-presidente sabia da grava&ccedil;&atilde;o.

Ramagem &eacute; tamb&eacute;m pr&eacute;-candidato pelo PL &agrave; prefeitura do Rio de Janeiro e conta com o apoio de Bolsonaro. Mesmo ap&oacute;s a divulga&ccedil;&atilde;o do &aacute;udio, os dois apareceram juntos em um v&iacute;deo divulgado nesta quarta-feira (17) nas redes sociais do deputado federal S&oacute;stenes Cavalcante (PL), no qual convocam para agendas p&uacute;blicas que realizar&atilde;o nos pr&oacute;ximos dois dias na capital federal.

O deputado federal <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/alexandre%20ramagem">Alexandre Ramagem (PL-RJ)</a> disse na segunda-feira (15) que o ex-presidente <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/jair%20bolsonaro">Jair Bolsonaro (PL)</a> sabia da grava&ccedil;&atilde;o da conversa que consta na investiga&ccedil;&atilde;o da <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/policia%20federal">Pol&iacute;cia Federal (PF)</a> sobre atua&ccedil;&atilde;o ilegal da <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/abin">Ag&ecirc;ncia Brasileira de Intelig&ecirc;ncia (Abin)</a>, chamada &quot;Abin Paralela&quot;.&nbsp;

Mais cedo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo do &aacute;udio, que foi apreendido no celular de Ramagem, ex-diretor da Abin durante o governo Bolsonaro, em uma das fases da investiga&ccedil;&atilde;o.

Na grava&ccedil;&atilde;o, Ramagem, Bolsonaro e o ex-ministro do Gabinete de Seguran&ccedil;a Institucional (GSI) Augusto Heleno conversam com duas advogadas do senador Fl&aacute;vio Bolsonaro (PL-RJ). O di&aacute;logo ocorreu em agosto de 2020, quando elas buscavam medidas para tentar anular a investiga&ccedil;&atilde;o contra o parlamentar, que foi investigado por &quot;rachadinha&quot; no seu gabinete quando ele ocupou o cargo de deputado estadual. Em 2021, a investiga&ccedil;&atilde;o foi anulada pela Justi&ccedil;a.&nbsp;

Em v&iacute;deo divulgado nas redes sociais, Alexandre Ramagem afirmou que Bolsonaro tinha conhecimento de que a conversa seria gravada com objetivo de registrar um crime contra o ex-presidente.

&quot;Essa grava&ccedil;&atilde;o n&atilde;o foi clandestina. Havia o aval e o conhecimento do presidente. A grava&ccedil;&atilde;o aconteceu porque veio uma informa&ccedil;&atilde;o de uma pessoa que viria na reuni&atilde;o, que teria contato com o governador do Rio &agrave; &eacute;poca [Wilson Witzel], que poderia vir com uma proposta nada republicana. A grava&ccedil;&atilde;o seria para registrar um crime contra o presidente da Rep&uacute;blica, s&oacute; que isso n&atilde;o aconteceu. A grava&ccedil;&atilde;o foi descartada!&quot;, justificou.

Ramagem tamb&eacute;m afirmou que as advogadas de Fl&aacute;vio apresentaram &quot;poss&iacute;veis irregularidades&quot; que estariam ocorrendo na parte da investiga&ccedil;&atilde;o que envolvia a Receita Federal e sugeriram a atua&ccedil;&atilde;o do GSI. O ex-diretor declarou que foi contra a sugest&atilde;o.

&quot;Falei que a intelig&ecirc;ncia n&atilde;o tem como tratar de dados de sigilo banc&aacute;rio e fiscal, n&atilde;o haveria o resultado pretendido. A atua&ccedil;&atilde;o do GSI seria prejudicial para o general Heleno, que n&atilde;o seria a via correta e n&atilde;o teria resultado. Ou seja, informando que o que deveria ser feito era cientificar a pr&oacute;pria Receita para abertura de procedimento interno e administrativo, na forma legal, para qualquer desvio de conduta que possa estar acontecendo&quot;, disse.

O ex-diretor tamb&eacute;m isentou Jair Bolsonaro da acusa&ccedil;&atilde;o de favorecer seu filho. &quot;De toda a reuni&atilde;o, as advogadas devem ter falado 80% da reuni&atilde;o, contando os epis&oacute;dios. O presidente Bolsonaro pouco se manifestou. Quando o presidente se manifestou, sempre informou que n&atilde;o queria favorecimento&quot;, completou.

Receio

Ao contr&aacute;rio da afirma&ccedil;&atilde;o de Ramagem, Bolsonaro e o general Heleno demonstraram preocupa&ccedil;&atilde;o com o eventual vazamento da conversa que foi gravada.&nbsp;

Heleno: Tem que alertar ele [chefe da Receita], ele tem que manter esse tro&ccedil;o fechad&iacute;ssimo. Pegar de gente de confian&ccedil;a dele&quot;.

Em seguida, Jair Bolsonaro parece desconfiar que est&aacute; sendo gravado e disse que n&atilde;o queria &quot;favorecer ningu&eacute;m&quot;.

&quot;T&aacute; certo. E deixar bem claro, a gente nunca sabe se algu&eacute;m est&aacute; gravando alguma coisa, que n&atilde;o estamos procurando favorecimento de ningu&eacute;m&quot;, afirmou.

Witzel

No &aacute;udio, Bolsonaro citou Witzel e afirmou que o ex-governador do Rio teria pedido uma &quot;vaga no Supremo&quot; em troca de favorecimento para Fl&aacute;vio Bolsonaro.&nbsp;

&quot;No ano passado, no meio do ano, encontrei com o Witzel, n&atilde;o tive not&iacute;cia [inaud&iacute;vel], bem pequenininho o problema. Ele falou, resolve o caso do Fl&aacute;vio. Me d&aacute; uma vaga no Supremo&quot;, disse.

Em nota, Witzel negou a conversa citada pelo ex-presidente.

&quot;O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido, e n&atilde;o foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confus&atilde;o mental, diante de suas in&uacute;meras preocupa&ccedil;&otilde;es, seja por acreditar que eu faria, a n&iacute;vel local, o que hoje se est&aacute; verificando que foi feito com a Abin e Pol&iacute;cia Federal&quot;, declarou.

Defesas

Em nota, o senador Fl&aacute;vio Bolsonaro diz que o &aacute;udio mostra apenas suas advogadas comunicando as suspeitas de que um grupo agia com interesses pol&iacute;ticos dentro da Receita Federal, com objetivo de prejudicar a ele e &agrave; sua fam&iacute;lia.

&ldquo;A partir dessas suspeitas, tomamos as medidas legais cab&iacute;veis. O pr&oacute;prio presidente Bolsonaro fala na grava&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o &lsquo;tem jeitinho&rsquo; e diz que tudo deve ser apurado dentro da lei. E assim foi feito&rdquo;, diz o senador

Procurado pela reportagem, advogado do general Augusto Heleno, Matheus Mayer, disse que n&atilde;o vai se manifestar sobre o assunto.

A defesa do ex-presidente Bolsonaro tamb&eacute;m foi procuradas, mas n&atilde;o quis se manifestar. A Ag&ecirc;ncia Brasil est&aacute; aberta para incluir o posicionamento dos citados.

Ao menos dois dos investigados presos nesta quinta-feira (11) na Opera&ccedil;&atilde;o &Uacute;ltima Milha tinham conhecimento sobre a exist&ecirc;ncia de uma <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/119334,nao-sei-quem-entregou-documento-diz-torres-sobre-minuta-do-golpe" target="_blank">minuta de decreto para promover um golpe de Estado</a>, que poderia ser assinada pelo <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/bolsonaro" target="_blank">ex-presidente Jair Bolsonaro</a>.&nbsp;

A &Uacute;ltima Milha, tocada pela Pol&iacute;cia Federal (PF), apura uma<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/133195,pf-tem-audio-de-conversa-entre-bolsonaro-e-ramagem-no-caso-abin" target="_blank"> suposta estrutura paralela de espionagem montada na Ag&ecirc;ncia Brasileira de Intelig&ecirc;ncia (Abin)</a>, que teria como objetivo monitorar ilegalmente advers&aacute;rios pessoais e pol&iacute;ticos do cl&atilde; Bolsonaro.&nbsp;

A &ldquo;minuta do golpe&rdquo; &eacute; alvo de um outro inqu&eacute;rito, que tem como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro e assessores pr&oacute;ximos. As duas investiga&ccedil;&otilde;es tramitam sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).&nbsp;

Uma das bases da investiga&ccedil;&atilde;o sobre a Abin paralela s&atilde;o os di&aacute;logos mantidos entre o militar Giancarlo Gomes Rodrigues e seu superior, o policial federal Marcelo Ara&uacute;jo Bormevet. Os dois eram os respons&aacute;veis por operar diretamente o programa First Mile, adquirido pela Abin e capaz de monitorar o posicionamento geogr&aacute;fico de aparelhos celulares sem ser detectado pelo sistema de telefonia.&nbsp;

A PF aponta que as buscas feitas no First Mile coincidem com as conversas trocadas entre os dois, que foram obtidas pelos investigadores. Em dado momento, destaca a PF, Bormevet pergunta a Giancarlo: &ldquo;O Nosso PR imbroch&aacute;vel j&aacute; assinou a porra do decreto?&rdquo;. O militar responde: &quot;Assinou nada. T&aacute; foda essa espera, se &eacute; que vai ter alguma coisa&rdquo;.

Para os investigadores, &ldquo;as refer&ecirc;ncias relacionadas ao rompimento democr&aacute;tico declaradas pelos policiais &eacute; circunst&acirc;ncia relevante que indica no m&iacute;nimo potencial conhecimento do planejamento das a&ccedil;&otilde;es que culminaram na constru&ccedil;&atilde;o da minuta do decreto de interven&ccedil;&atilde;o&rdquo;.&nbsp;

A observa&ccedil;&atilde;o foi feita no requerimento no qual a PF pediu a pris&atilde;o preventiva dos dois investigados, bem como o compartilhamento de informa&ccedil;&otilde;es entre o inqu&eacute;rito da Abin paralela e o da minuta do golpe. Ambos os pedidos foram deferidos por Moraes.&nbsp;

Para a PF, os crimes supostamente cometidos na Abin &ldquo;se situam no nexo causal dos delitos que culminaram na tentativa de aboli&ccedil;&atilde;o violenta do estado democr&aacute;tico de direito&rdquo;.&nbsp;

Esse foi um dos argumentos utilizados pela PF para pedir a pris&atilde;o dos investigados. A autoridade policial alegou que a deflagra&ccedil;&atilde;o de uma nova fase da &Uacute;ltima Milha poderia fazer com que os suspeitos buscassem destruir provas que ligassem as duas investiga&ccedil;&otilde;es.&nbsp;

Al&eacute;m de Bormevet e Giancarlo, outras duas pessoas foram presas nesta quinta-feira, enquanto uma quinta segue foragida. De modo preliminar, a PF apontou o cometimento de crimes como pertencimento a organiza&ccedil;&atilde;o criminosa, invas&atilde;o de dispositivo inform&aacute;tico alheio, intercepta&ccedil;&atilde;o clandestina de comunica&ccedil;&otilde;es e tentativa de aboli&ccedil;&atilde;o do Estado Democr&aacute;tico de Direito.

A Pol&iacute;cia Federal (PF) concluiu que a<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/133195,pf-tem-audio-de-conversa-entre-bolsonaro-e-ramagem-no-caso-abin" target="_blank"> estrutura da Ag&ecirc;ncia Brasileira de Intelig&ecirc;ncia (Abin) foi usada durante o governo de Jair Bolsonaro </a>para monitorar ilegalmente o andamento da investiga&ccedil;&atilde;o sobre o<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/marielle%20franco" target="_blank"> assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes</a>, em 2018. A conclus&atilde;o est&aacute; no relat&oacute;rio de investiga&ccedil;&atilde;o do caso.

O sigilo da apura&ccedil;&atilde;o foi retirado nesta quinta-feira (11) por determina&ccedil;&atilde;o do ministro Alexandre de Moraes, relator do inqu&eacute;rito.&nbsp;

De acordo com relat&oacute;rio de investiga&ccedil;&atilde;o do caso, agentes foram designados para buscar informa&ccedil;&otilde;es sobre a promotora do Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Rio de Janeiro Simone Sibilio e o delegado da Pol&iacute;cia Civil do Rio Daniel Freitas da Rosa, que atuaram na investiga&ccedil;&atilde;o do homic&iacute;dio.

As buscas foram feitas por dois policiais designados para a tarefa. De acordo com a quebra de sigilo autorizada pela Justi&ccedil;a durante as investiga&ccedil;&otilde;es, a PF descobriu que, em 2019, um dos policiais imprimiu o curr&iacute;culo da promotora.

Os investigadores tamb&eacute;m encontraram um arquivo eletr&ocirc;nico de texto com um &quot;controle de den&uacute;ncias&quot; sobre o caso Marielle.

No arquivo, os agentes escreveram: &quot;Caso Marielle, total de 292 den&uacute;ncias. No ano de 2019, foram 72. Nenhuma informa&ccedil;&atilde;o da fam&iacute;lia Bolsonaro. Den&uacute;ncia dos Braz&atilde;o, 9. S&atilde;o 192 den&uacute;ncias mencionando milicianos como autores. Na semana do homic&iacute;dio, receberam 52 &nbsp;den&uacute;ncias do caso&quot;.

Para a PF, o monitoramento das investiga&ccedil;&otilde;es sobre o assassinato da vereadora ocorreu para &quot;antecipar eventuais refer&ecirc;ncias que vinculassem o n&uacute;cleo pol&iacute;tico&quot; do esquema ilegal do monitoramento na Abin, ou seja, saber se a fam&iacute;lia Bolsonaro teria sido citada na investiga&ccedil;&atilde;o.

Os investigadores ainda acrescentaram que o relat&oacute;rio das dilig&ecirc;ncias ilegais foi impressa por Alexandre Ramagem, ent&atilde;o diretor da Abin, e atual deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro.

&quot;O resumo das den&uacute;ncias relacionadas ao caso Marielle foi impresso pelo delegado Alexandre Ramagem enquanto diretor da Abin. A impress&atilde;o de documentos e informa&ccedil;&otilde;es se prestava para que informa&ccedil;&otilde;es da intelig&ecirc;ncia pudessem ser levadas aos destinat&aacute;rios, em regra integrantes do n&uacute;cleo pol&iacute;tico&quot;, concluiu a investiga&ccedil;&atilde;o.

A <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/policial%20federal" target="_blank">Pol&iacute;cia Federal (PF)</a> encontrou um &aacute;udio com uma conversa entre o <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/bolsonaro" target="_blank">ex-presidente Jair Bolsonaro</a>, o <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/121394,augusto-heleno-acampamentos-bolsonaristas-eram-ordeiros-e-pacificos" target="_blank">ex-ministro do Gabinete de Seguran&ccedil;a Institucional (GSI) Augusto Heleno </a>e o ex-diretor da Ag&ecirc;ncia Brasileira de Intelig&ecirc;ncia (Abin) Alexandre Ramagem na investiga&ccedil;&atilde;o de espionagem ilegal no &oacute;rg&atilde;o de intelig&ecirc;ncia do governo federal. Segundo a PF, a conversa foi &quot;possivelmente&quot; gravada por Ramagem e ocorreu em agosto de 2020.

O &aacute;udio foi citado no relat&oacute;rio da investiga&ccedil;&atilde;o da Abin paralela, divulgado nesta quinta-feira (11) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ap&oacute;s a retirada do sigilo do inqu&eacute;rito.&nbsp;

A grava&ccedil;&atilde;o tem 1 hora e 8 minutos e est&aacute; sob segredo de Justi&ccedil;a. Segundo a PF, a conversa est&aacute; relacionada ao uso ilegal da Abin para obter informa&ccedil;&otilde;es sobre a investiga&ccedil;&atilde;o na qual o senador Fl&aacute;vio Bolsonaro (PL-RJ) foi investigado por &quot;rachadinha&quot; no seu gabinete quando ele ocupou do cargo de deputado estadual. A advogada de Fl&aacute;vio, que n&atilde;o teve o nome citado, tamb&eacute;m teria participado da conversa. Em 2021, a apura&ccedil;&atilde;o foi anulada pela Justi&ccedil;a.&nbsp;

Segundo a PF, agentes que participavam do esquema realizaram o monitoramento de tr&ecirc;s auditores da Receita Federal respons&aacute;veis pelo relat&oacute;rio fiscal que baseou a investiga&ccedil;&atilde;o.&nbsp;

&quot;Neste &aacute;udio, &eacute; poss&iacute;vel identificar a atua&ccedil;&atilde;o de Alexandre Ramagem indicando, em suma, que seria necess&aacute;rio a instaura&ccedil;&atilde;o de procedimento administrativo contra os auditores da Receita com o objetivo de anular a investiga&ccedil;&atilde;o, bem como retirar os auditores de seus respectivos cargos&quot;, aponta o relat&oacute;rio.

A investiga&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Federal concluiu que os assuntos tratados na conversa gravada se concretizaram e provam a atua&ccedil;&atilde;o da Abin paralela durante o governo do ex-presidente. Em 2020, um dos tr&ecirc;s auditores foi exonerado pelo governo.

&quot;As a&ccedil;&otilde;es tratadas no &aacute;udio, segundo fontes abertas, se concretizaram, raz&atilde;o pela qual &eacute; elemento de prova que corrobora a atua&ccedil;&atilde;o da estrutura paralela no interesse do n&uacute;cleo pol&iacute;tico&quot;, afirmaram os investigadores.

Defesa

Pelas redes sociais, o senador Fl&aacute;vio Bolsonaro disse que n&atilde;o tinha rela&ccedil;&otilde;es com a Abin e que a divulga&ccedil;&atilde;o do relat&oacute;rio de investiga&ccedil;&atilde;o foi feita para prejudicar a candidatura de Ramagem &agrave; Prefeitura do Rio de Janeiro.

&quot;Simplesmente n&atilde;o existia nenhuma rela&ccedil;&atilde;o minha com Abin. Minha defesa atacava quest&otilde;es processuais, portanto, nenhuma utilidade que a Abin pudesse ter. A divulga&ccedil;&atilde;o desse tipo de documento, &agrave;s v&eacute;speras das elei&ccedil;&otilde;es, apenas tem o objetivo de prejudicar a candidatura do delegado Ramagem &agrave; prefeitura do Rio de Janeiro&quot;, afirmou.

O diretor-adjunto da Ag&ecirc;ncia Brasileira de Intelig&ecirc;ncia (Abin), Alessandro Moretti, foi exonerado do cargo pelo presidente <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/lula" target="_blank">Lula (PT)</a>. A decis&atilde;o consta em uma publica&ccedil;&atilde;o da edi&ccedil;&atilde;o extra do Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o (DOU), de ter&ccedil;a-feira (30).

A demiss&atilde;o do n&uacute;mero 2 do &oacute;rg&atilde;o ocorre ap&oacute;s a Pol&iacute;cia Federal (PF) deflagrar opera&ccedil;&atilde;o que investiga suposto esquema de produ&ccedil;&atilde;o de informa&ccedil;&otilde;es clandestinas dentro da Abin durante a gest&atilde;o do ent&atilde;o diretor e atual deputado federal, Alexandre Ramagem (PL-RJ) &mdash; um dos alvos da investiga&ccedil;&atilde;o &eacute; o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Mais cedo, o presidente Lula havia dito, em entrevista, que se fosse comprovado o envolvimento de Moretti no monitoramento ilegal feito no governo passado, n&atilde;o haveria condi&ccedil;&otilde;es de ele permanecer na institui&ccedil;&atilde;o.

O delegado federal Alessandro Moretti estava na Abin desde mar&ccedil;o de 2023 e continuou no &oacute;rg&atilde;o por ter rela&ccedil;&atilde;o de confian&ccedil;a com o diretor-geral Luiz Fernando Corr&ecirc;a, nomeado pelo presidente Lula.

Com a sa&iacute;da dele, o segundo maior posto do &oacute;rg&atilde;o passar&aacute; a ser ocupado por Marco Aur&eacute;lio Chaves Cepik, conforme nota divulgada pela Casa Civil da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica. Cepik &eacute;&nbsp;o atual diretor da Escola de Intelig&ecirc;ncia da Abin.

*Com informa&ccedil;&otilde;es da Ag&ecirc;ncia Brasil

O presidente <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/lula" target="_blank">Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT)</a> expressou preocupa&ccedil;&atilde;o com a poss&iacute;vel liga&ccedil;&atilde;o do diretor-adjunto da Ag&ecirc;ncia Brasileira de Intelig&ecirc;ncia (Abin), Alessandro Moretti, com o ex-diretor geral do &oacute;rg&atilde;o, Alexandre Ramagem &mdash; ele foi acusado de criar uma equipe paralela na Ag&ecirc;ncia para espionar ilegalmente advers&aacute;rios do governo de Jair Bolsonaro (PL).

Lula afirmou que &quot;se isso for verdade, e isso est&aacute; sendo provado, n&atilde;o h&aacute; clima para esse cidad&atilde;o continuar na pol&iacute;cia&quot;. Moretti, como segundo no comando na Abin, est&aacute; subordinado ao diretor-geral Luiz Fernando Corr&ecirc;a. Segundo investigadores da Pol&iacute;cia Federal (PF), membros da atual c&uacute;pula da Abin mantiveram contato com Ramagem e repassaram informa&ccedil;&otilde;es sigilosas.

A investiga&ccedil;&atilde;o da PF veio a p&uacute;blico na semana passada, gerando press&atilde;o para que Corr&ecirc;a e Moretti sejam demitidos. Lula, no entanto, expressou confian&ccedil;a no diretor-geral que indicou ao cargo, mas demonstrou inseguran&ccedil;a quanto &agrave; equipe atual da Abin.

&quot;A gente nunca est&aacute; seguro. O companheiro que eu indiquei para ser o diretor-geral da Abin &eacute; o companheiro que foi o meu diretor-geral da PF entre 2007 e 2010. &Eacute; uma pessoa que eu tenho muita confian&ccedil;a e por isso eu o chamei, j&aacute; que eu n&atilde;o conhecia ningu&eacute;m dentro da Abin. E esse companheiro montou a equipe dele. Dentro dessa equipe tem um cidad&atilde;o [Moretti], que &eacute; o que est&aacute; sendo acusado, que mantinha rela&ccedil;&otilde;es com o Ramagem&quot;, contou o presidente em entrevista &agrave; CBN Recife, nesta ter&ccedil;a-feira (30).

O presidente <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/lula">Lula (PT)</a> rebateu o seu antecessor no Pal&aacute;cio do Planalto, Jair Bolsonaro (PL), ap&oacute;s o liberal afirmar, na segunda-feira (29), que <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/126041,carlos-bolsonaro-e-alvo-de-operacao-da-pf-sobre-abin-paralela" target="_blank">a opera&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Federal (PF) que teve um dos filhos dele como alvo, vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos)</a>, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/126086,jair-bolsonaro-fala-em-perseguicao-clarissima-e-nega-que-carlos-tenha-pedido-informacoes-para-a-abin">representou uma &quot;persegui&ccedil;&atilde;o&quot; contra a sua fam&iacute;lia</a>.

Em entrevista nesta ter&ccedil;a (30), Lula disse que os trabalhos de apura&ccedil;&atilde;o da corpora&ccedil;&atilde;o sobre a &#39;Abin Paralela&#39; n&atilde;o est&atilde;o sendo realizados com o objetivo de importunar o ex-presidente e seus familiares.

&quot;O governo brasileiro n&atilde;o manda na Pol&iacute;cia Federal, muito menos o governo manda na Justi&ccedil;a. Ou seja, voc&ecirc; tem um processo de investiga&ccedil;&atilde;o, voc&ecirc; tem decis&atilde;o de um ministro da Suprema Corte que mandou fazer busca e apreens&atilde;o sobre suspeita de utiliza&ccedil;&atilde;o com m&aacute;-f&eacute; pela Abin, dos quais o delegado que era respons&aacute;vel era ligado &agrave; fam&iacute;lia Bolsonaro&quot;, disse Lula &agrave; r&aacute;dio CBN Recife.

Na ocasi&atilde;o, al&eacute;m de demonstrar inseguran&ccedil;a com rela&ccedil;&atilde;o a Abin, Lula disse que a Pol&iacute;cia Federal n&atilde;o deve &quot;fazer pirotecnia&quot; em a&ccedil;&otilde;es da corpora&ccedil;&atilde;o.

&quot;Todo mundo sabe, tanto PF quanto MP [Minist&eacute;rio P&uacute;blico], quer investigar, investigue, mas n&atilde;o fa&ccedil;a show pirot&eacute;cnico, n&atilde;o fique divulgando nome da pessoa antes de ter prova concreta, n&atilde;o fique destruindo imagem das pessoas antes de investigar&quot;, afirmou.

O ex-presidente <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/jair%20bolsonaro" target="_blank">Jair Bolsonaro (PL)</a> falou em &quot;persegui&ccedil;&atilde;o clar&iacute;ssima&quot; &agrave; sua fam&iacute;lia ap&oacute;s um de seus filhos, o vereador <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/carlos%20bolsonaro" target="_blank">Carlos Bolsonaro (Republicanos)</a> ser alvo de uma opera&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Federal (PF), na segunda-feira (29), que apura a&ccedil;&otilde;es da Ag&ecirc;ncia Brasileira de Intelig&ecirc;ncia (Abin) durante o governo do liberal.

De acordo com ele, em entrevista a CNN Brasil, n&atilde;o houve qualquer pedido de informa&ccedil;&otilde;es, por parte de Carlos e de seus filhos, junto a Alexandre Ramagem &mdash; chefe da Abin na gest&atilde;o Bolsonaro &mdash; e que n&atilde;o recebeu qualquer relat&oacute;rio da Ag&ecirc;ncia.

&quot;Jamais meu filho pediria algo que n&atilde;o &eacute; legal para o Ramagem&quot;, afirmou o ex-presidente &agrave; CNN Brasil. &quot;Eu gostaria de saber o que foi informado pelo Ramagem de volta. Obviamente, nos &oacute;rg&atilde;os do governo, &eacute; comum as pessoas fazerem questionamentos [...] Eu nunca busquei colher dados de quem quer que seja para me defender&quot;, completou Bolsonaro.

Na ocasi&atilde;o, o liberal refor&ccedil;ou que raramente tinha contato com a Abin. Nunca recebi informa&ccedil;&atilde;o, localiza&ccedil;&atilde;o geogr&aacute;fica, de quem quer que seja. Nunca precisei disso. N&atilde;o pedi e n&atilde;o tive qualquer relat&oacute;rio da Abin&quot;, disse o ex-presidente.

O vereador do Rio de Janeiro, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/carlos%20bolsonaro" target="_blank">Carlos Bolsonaro (Republicanos)</a>, postou um v&iacute;deo, na manh&atilde; desta ter&ccedil;a-feira (30), <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/126041,carlos-bolsonaro-e-alvo-de-operacao-da-pf-sobre-abin-paralela" target="_blank">ap&oacute;s ter sido alvo, na segunda (29), de uma opera&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Federal que apura a&ccedil;&otilde;es da Ag&ecirc;ncia Brasileira de Intelig&ecirc;ncia (Abin)</a> durante o governo Bolsonaro.

A suspeita &eacute; de Carlos, filho &quot;02&quot; do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teria recebido &quot;materiais&quot; obtidos ilegalmente pela Abin. Ontem, mandados de busca e apreens&atilde;o foram realizados na resid&ecirc;ncia do edil e em seu gabinete na C&acirc;mara Municipal do Rio de Janeiro.

Al&eacute;m da capital carioca, a opera&ccedil;&atilde;o aconteceu nas cidades de Angra dos Reis&ndash;RJ &mdash; na casa de praia da fam&iacute;lia Bolsonaro e onde estava o ex-presidente, Jair, e seus filhos &mdash;, Bras&iacute;lia&ndash;DF, Formosa&ndash;GO e Salvador.

No X (antigo Twitter), o republicano publicou um v&iacute;deo no qual mostra um c&ocirc;modo da sua resid&ecirc;ncia, no Rio de Janeiro, totalmente revirado ap&oacute;s a a&ccedil;&atilde;o da PF, na segunda-feira. &quot;Cheguei h&aacute; pouco em casa com muitas coisas reviradas e largadas abertas. Aos poucos reorganizando tudo&quot;, escreveu o edil na legenda.

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Cheguei h&aacute; pouco em casa com muitas coisas reviradas e largadas abertas. Aos poucos reorganizando tudo. <a href="https://t.co/vhyqPwQS2l">pic.twitter.com/vhyqPwQS2l</a>
&mdash; Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) <a href="https://twitter.com/CarlosBolsonaro/status/1752274119939273073?ref_src=twsrc%5Etfw">January 30, 2024</a></blockquote>
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Um dos <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/125867,bolao-do-vice-aliados-apostam-quem-sera-a-companhia-de-geraldo-junior-nas-eleicoes-de-outubro" target="_blank">nomes cotados para a vice de Geraldo J&uacute;nior (MDB) </a>na corrida pela Prefeitura de Salvador, o vereador Luiz Carlos Su&iacute;ca (PT) avaliou que a <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/126041,carlos-bolsonaro-e-alvo-de-operacao-da-pf-sobre-abin-paralela" target="_blank">investiga&ccedil;&atilde;o contra Carlos Bolsonaro (Republicanos)</a> ter&aacute; impacto direto na elei&ccedil;&atilde;o municipal de outubro.

O &quot;filho 02&quot; do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de mandados de busca e apreens&atilde;o nesta segunda-feira (29), tanto em sua resid&ecirc;ncia quanto em seu gabinete na C&acirc;mara Municipal do Rio de Janeiro. Em sua posse foi encontrado um <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/126055,pf-apreende-computador-da-abin-que-estava-com-carlos-bolsonaro" target="_blank">computador de uso exclusivo da Ag&ecirc;ncia Brasileira de Intelig&ecirc;ncia (Abin)</a>.&nbsp;

&quot;Na verdade, ele montou um esquema de investiga&ccedil;&atilde;o, vigil&acirc;ncia e espionagem ilegal para perseguir inimigos pol&iacute;ticos ou at&eacute; aliados pol&iacute;ticos. Portanto, para mim, nenhuma surpresa essa investiga&ccedil;&atilde;o bater na porta do cl&atilde; bolsonarista, mas entendo que isso vai afetar profundamente as elei&ccedil;&otilde;es municipais&quot;, opinou o petista, em conversa com o Portal Salvador FM.

Embora acredite que o presidente Lula e seus aliados poder&atilde;o se beneficiar eleitoralmente das a&ccedil;&otilde;es da Pol&iacute;cia Federal contra membros do cl&atilde; bolsonarista, Su&iacute;ca entende que haver&aacute; prud&ecirc;ncia, mesmo com a aproxima&ccedil;&atilde;o do prefeito Bruno Reis com o PL e participa&ccedil;&atilde;o do Republicanos em sua gest&atilde;o.&nbsp;

&quot;Lula sabe e entende que a elei&ccedil;&atilde;o municipal &eacute; fundamental para as outras elei&ccedil;&otilde;es, de presidente da Rep&uacute;blica, governador, deputado estadual e federal, mas ele vai ter cautela. Logicamente, ele n&atilde;o vai deixar de participar e colocar sua m&atilde;o, seu dedo e seu corpo naqueles que verdadeiramente o ajudaram a chegar at&eacute; aqui, inclusive nesse terceiro mandato. Agora, eu acho que Lula ter&aacute; cautela, porque o governo dele &eacute; formado por diversos partidos. Principalmente com o Uni&atilde;o Brasil, que &eacute; o partido do prefeito Bruno Reis, e com o MDB de Geraldo J&uacute;nior, que &eacute; o candidato da base do governo Jer&ocirc;nimo Rodrigues. Ent&atilde;o, Lula ter&aacute; cautela, mas n&atilde;o vai deixar de participar&quot;, opinou.&nbsp;

O presidente do Congresso Nacional, senador <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/rodrigo%20pacheco" target="_blank">Rodrigo Pacheco (PSD-MG)</a>, anunciou que ir&aacute; solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a lista de parlamentares que foram monitorados ilegalmente pela Ag&ecirc;ncia Brasileira de Intelig&ecirc;ncia (Abin) durante a gest&atilde;o do ex-diretor-geral Alexandre Ramagem, no governo Bolsonaro.

Nesta segunda-feira (29), a Pol&iacute;cia Federal (PF) realizou uma opera&ccedil;&atilde;o contra suspeitos de espionar autoridades do Legislativo e Judici&aacute;rio. O vereador carioca <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/carlos%20bolsonaro" target="_blank">Carlos Bolsonaro (Republicanos)</a>, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), &eacute; um dos alvos da opera&ccedil;&atilde;o.

Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreens&atilde;o no gabinete do vereador na C&acirc;mara Municipal e em sua resid&ecirc;ncia na Barra da Tijuca, al&eacute;m de Angra dos Reis/RJ. Outros mandados foram cumpridos em Bras&iacute;lia/DF, Formosa/GO e Salvador.

Diversos materiais foram apreendidos na casa do vereador, incluindo um laptop, um pendrive, cart&otilde;es de mem&oacute;ria e m&iacute;dia. Nesta nova fase, a PF busca identificar os principais destinat&aacute;rios e benefici&aacute;rios das informa&ccedil;&otilde;es produzidas ilegalmente pela Abin por meio de a&ccedil;&otilde;es clandestinas.

Deputados baianos das esferas estadual e federal reagiram, nesta segunda-feira (29), <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/126041,carlos-bolsonaro-e-alvo-de-operacao-da-pf-sobre-abin-paralela" target="_blank">ap&oacute;s o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos), virar alvo de uma opera&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Federal (PF) que apura a&ccedil;&otilde;es da Ag&ecirc;ncia Brasileira de Intelig&ecirc;ncia (Abin) durante o governo Bolsonaro</a>.

De acordo com a corpora&ccedil;&atilde;o, a suspeita &eacute; de Carlos, filho &quot;02&quot; do ex-presidente <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/jair%20bolsonaro" target="_blank">Jair Bolsonaro (PL)</a>, teria recebido &quot;materiais&quot; obtidos ilegalmente pela Abin.

Uma das que se manifestou foi a deputada federal L&iacute;dice da Mata (PSB-BA). No X (antigo Twitter), a parlamentar questionou o fato de Carlos ter um computador da Ag&ecirc;ncia dentro da pr&oacute;pria casa &mdash; o equipamento foi apreendido pela PF durante a opera&ccedil;&atilde;o de hoje.

&quot;O que um vereador do Rio queria com um computador da ABIN em casa? Carlucho e seu gabinete do &oacute;dio estavam sim espionando advers&aacute;rios. &Eacute; preciso que as investiga&ccedil;&otilde;es avancem para que todos os crimes sejam desvendados&quot;, escreveu L&iacute;dice.

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O que um vereador do Rio queria com um computador da ABIN em casa? Carlucho e seu gabinete do &oacute;dio estavam sim espionando advers&aacute;rios. &Eacute; preciso que as investiga&ccedil;&otilde;es avancem para que todos os crimes sejam desvendados.
&mdash; L&iacute;dice da Mata (@lidicedamata) <a href="https://twitter.com/lidicedamata/status/1751955523803431044?ref_src=twsrc%5Etfw">January 29, 2024</a></blockquote>
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O tamb&eacute;m deputado federal Jorge Solla (PT-BA) usou as redes sociais para comentar a opera&ccedil;&atilde;o da PF. Na postagem, ele ironizou Carlos Bolsonaro, a quem chamou de &quot;pav&atilde;o misterioso&quot;.

&quot;A casa caiu para o pav&atilde;o misterioso Carlos Bolsonaro, vulgo Carluxo, que acordou nesta segunda com a PF no encal&ccedil;o. Segundo a pol&iacute;cia, seria ele o recebedor das informa&ccedil;&otilde;es no esquema de arapongagem da ABIN para alimentar o gabinete do &oacute;dio&quot;, disse o petista.

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<a href="https://twitter.com/hashtag/GrandeDia?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#GrandeDia</a> 
 
A casa caiu para o pav&atilde;o misterioso Carlos Bolsonaro, vulgo Carluxo, que acordou nesta segunda com a PF no encal&ccedil;o. 
 
Segundo a pol&iacute;cia, seria ele o recebedor das informa&ccedil;&otilde;es no esquema de arapongagem da ABIN para alimentar o gabinete do &oacute;dio. <a href="https://t.co/TufEjtxhTG">pic.twitter.com/TufEjtxhTG</a>
&mdash; Jorge Solla (@depjorgesolla) <a href="https://twitter.com/depjorgesolla/status/1751950313114767852?ref_src=twsrc%5Etfw">January 29, 2024</a></blockquote>
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Os tamb&eacute;m deputados federais Valmir Assun&ccedil;&atilde;o (PT-BA) e Alice Portugal (PCdoB-BA) comentaram os trabalhos da corpora&ccedil;&atilde;o que tiveram Carlos Bolsonaro como alvo.

&quot;Bom dia com sabor amargo no cl&atilde; bolsonarista. Hoje quem levantou com a Pol&iacute;cia Federal na porta foi Carlos Bolsonaro, alvo de nova fase da Opera&ccedil;&atilde;o que investiga uso ilegal da Abin. E tem mais: a lista de envolvidos vai aumentar! Toc toc toc, quem ser&aacute; o pr&oacute;ximo?&quot;, escreveu a comunista.

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Bom dia com sabor amargo no cl&atilde; bolsonarista. Hoje quem levantou com a Pol&iacute;cia Federal na porta foi Carlos Bolsonaro, alvo de nova fase da Opera&ccedil;&atilde;o que investiga uso ilegal da Abin. E tem mais: a lista de envolvidos vai aumentar! Toc toc toc, quem ser&aacute; o pr&oacute;ximo? <a href="https://t.co/JRMqqwYiKX">pic.twitter.com/JRMqqwYiKX</a>
&mdash; Alice Portugal (@Alice_Portugal) <a href="https://twitter.com/Alice_Portugal/status/1751928809811566623?ref_src=twsrc%5Etfw">January 29, 2024</a></blockquote>
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&quot;O toc toc toc hoje da PF caiu sobre o 02. Suspeito de ter recebido &quot;materiais&quot; obtidos de forma ilegal pela Abin&quot;, reagiu o congressista.

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O toc toc toc hoje da PF caiu sobre o 02. Suspeito de ter recebido &quot;materiais&quot; obtidos de forma ilegal pela Abin.
&mdash; Valmir Assun&ccedil;&atilde;o (@DepValmir) <a href="https://twitter.com/DepValmir/status/1751930603996320045?ref_src=twsrc%5Etfw">January 29, 2024</a></blockquote>
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Por sua vez, o deputado estadual Leandro de Jesus (PL) saiu em defesa da fam&iacute;lia Bolsonaro, afirmando que a opera&ccedil;&atilde;o contra Carlos tem o objetivo de &quot;intimidar e calar&quot;.

&quot;Horas ap&oacute;s a super live, onde mais um recorde de audi&ecirc;ncia foi registrado, esta opera&ccedil;&atilde;o contra&nbsp; 
@CarlosBolsonaro. Percebem como &nbsp;objetivo &eacute; intimidar e calar? Eles t&ecirc;m medo e v&atilde;o apelar para que nos dobremos, mas n&atilde;o faremos isso!&quot;, escreveu o liberal.

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Horas ap&oacute;s a super live, onde mais um recorde de audi&ecirc;ncia foi registrado, esta opera&ccedil;&atilde;o contra <a href="https://twitter.com/CarlosBolsonaro?ref_src=twsrc%5Etfw">@CarlosBolsonaro</a>. Percebem como objetivo &eacute; intimidar e calar? Eles t&ecirc;m medo e v&atilde;o apelar para que nos dobremos, mas n&atilde;o faremos isso! <a href="https://t.co/xLpzVTARR1">pic.twitter.com/xLpzVTARR1</a>
&mdash; Leandro de Jesus (@VouComLeandro) <a href="https://twitter.com/VouComLeandro/status/1751951304627290559?ref_src=twsrc%5Etfw">January 29, 2024</a></blockquote>
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<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/126041,carlos-bolsonaro-e-alvo-de-operacao-da-pf-sobre-abin-paralela" target="_blank">Alvo de uma opera&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Federal (PF) nesta segunda-feira (29), o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos)</a> n&atilde;o foi localizado na sua resid&ecirc;ncia e nem no seu gabinete na C&acirc;mara Municipal da capital fluminense, onde a corpora&ccedil;&atilde;o realiza os trabalhos.

De acordo com a colunista M&ocirc;nica Bergamo, da Folha de S&atilde;o Paulo, o edil estava na casa de praia da fam&iacute;lia Bolsonaro, em Angra dos Reis, ao lado do pai, o ex-presidente <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/jair%20bolsonaro" target="_blank">Jair Bolsonaro (PL)</a>, e dos irm&atilde;os Fl&aacute;vio e Eduardo. No domingo (28), os tr&ecirc;s participaram de uma live.&nbsp;

Ao receber a not&iacute;cia, o vereador e o chefe do Executivo federal acionaram assessores e advogados para tentar se inteirar melhor das informa&ccedil;&otilde;es sobre as buscas e apreens&otilde;es da Pol&iacute;cia Federal.

Carlos Bolsonaro teria virado alvo ap&oacute;s buscas e apreens&otilde;es de celulares e computadores em im&oacute;veis de Ramagem que mostrariam que o vereador foi um dos destinat&aacute;rios de informa&ccedil;&otilde;es que a Abin coletava sobre advers&aacute;rios pol&iacute;ticos da fam&iacute;lia, que seriam espionados ilegalmente.

O vereador do Rio de Janeiro, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/carlos%20bolsonaro" target="_blank">Carlos Bolsonaro (Republicanos)</a>, &eacute; alvo de uma opera&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Federal (PF), nesta segunda-feira (29), que apura a&ccedil;&otilde;es da Ag&ecirc;ncia Brasileira de Intelig&ecirc;ncia (Abin) durante o governo Bolsonaro.

De acordo com a colunista Andreia Sadi, do G1, mandados de busca e apreens&atilde;o est&atilde;o realizados na resid&ecirc;ncia do edil e no gabinete dele na C&acirc;mara Municipal do Rio de Janeiro.&nbsp;A suspeita &eacute; de Carlos, filho &quot;02&quot; do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teria recebido &quot;materiais&quot; obtidos ilegalmente pela Abin.

Al&eacute;m da capital carioca, a opera&ccedil;&atilde;o acontece nas cidades de Angra dos Reis/RJ, Bras&iacute;lia/DF, Formosa/GO e Salvador.

Al&eacute;m do republicano, assessores de Carlos Bolsonaro est&atilde;o sendo alvos dos trabalhos de hoje da corpora&ccedil;&atilde;o.&nbsp;A opera&ccedil;&atilde;o de hoje &eacute; uma continuidade da &quot;Vigil&acirc;ncia Aproximada&quot; que, na semana passada, teve como um dos alvos deputado federal <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/alexandre%20ramagem" target="_blank">Alexandre Ramagem</a>, que foi chefe da Abin durante a gest&atilde;o de Jair Bolsonaro (PL).

O presidente do PL &mdash; partido do presidente <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/jair%20bolsonaro" target="_blank">Jair Bolsonaro</a> &mdash; subiu o tom contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ap&oacute;s uma opera&ccedil;&atilde;o que teve como um dos alvos o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da Ag&ecirc;ncia Brasileira de Intelig&ecirc;ncia (Abin) entre 2019 e 2022.

Segundo o dirigente, em entrevista ao jornal O Globo veiculada nesta sexta-feira (26), o magistrado sonha em ser presidente da Rep&uacute;blica e o comparou ao senador Sergio Moro (Uni&atilde;o-PR), que deixou de ser juiz para virar ministro da Justi&ccedil;a na gest&atilde;o Bolsonaro.

&ldquo;Ele quer se mostrar, quer ser candidato a presidente. &Eacute; o caminho do Moro. O camarada aparece na televis&atilde;o, nos jornais e enlouquece. A soberba ataca e voc&ecirc; n&atilde;o percebe. &Eacute; o que ele quer. N&atilde;o tenha d&uacute;vida. Quem imaginava que o Moro seria candidato e iria largar a carreira dele? Ningu&eacute;m&rdquo;, disse Valdemar.

Na quinta (25), logo ap&oacute;s o in&iacute;cio da opera&ccedil;&atilde;o deflagrada pela PF e denominada de Vigil&acirc;ncia Aproximada, Valdemar Costa Neto foi at&eacute; &agrave;s redes sociais criticar os trabalhos. Ele pontuou que &agrave; opera&ccedil;&atilde;o era &ldquo;pura persegui&ccedil;&atilde;o&rdquo; e que &ldquo;esse neg&oacute;cio de ficar entrando nos gabinetes &eacute; uma falta de autoridade do Congresso Nacional&rdquo;.

Em reposta, o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, declarou que o presidente do PL n&atilde;o consegue organizar a oposi&ccedil;&atilde;o nem mesmo para aprovar a limita&ccedil;&atilde;o de decis&otilde;es monocr&aacute;ticas do STF. Segundo Pacheco, o presidente do PL &ldquo;defende publicamente&rdquo; o impeachment de ministros do Supremo para apoiadores do partido, mas &ldquo;passo pano&rdquo; sobre o tema nos bastidores.

Na tr&eacute;plica, Valdemar disse que o pessedista &eacute; descompromissado e sem &ldquo;pulso para defender a imunidade de um parlamentar&rdquo;.

As investiga&ccedil;&otilde;es da Pol&iacute;cia Federal (PF) revelaram que a estrutura da Ag&ecirc;ncia Brasileira de Intelig&ecirc;ncia (Abin) foi utilizada de forma indevida para monitorar autoridades, incluindo a promotora respons&aacute;vel pela investiga&ccedil;&atilde;o do assassinato da vereadora Marielle Franco. O deputado federal <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/alexandre%20ramagem" target="_blank">Alexandre Ramagem (PL-RJ)</a>, que foi diretor da Abin durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, est&aacute; envolvido nessas a&ccedil;&otilde;es.

Na &uacute;ltima quinta-feira (25), a PF realizou buscas e apreens&otilde;es contra Ramagem e outros investigados, incluindo o gabinete do parlamentar na C&acirc;mara dos Deputados e suas resid&ecirc;ncias em Bras&iacute;lia e no Rio de Janeiro. A opera&ccedil;&atilde;o foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que &eacute; o relator das investiga&ccedil;&otilde;es na Corte.

Al&eacute;m da promotora Simone Sibilio, que atuou na investiga&ccedil;&atilde;o inicial do caso Marielle, outras autoridades tamb&eacute;m foram alvo do monitoramento, como o ent&atilde;o presidente da C&acirc;mara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o atual ministro da Educa&ccedil;&atilde;o, Camilo Santana, que na &eacute;poca era governador do Cear&aacute;.

As investiga&ccedil;&otilde;es tamb&eacute;m apontam que o grupo envolvido nessas a&ccedil;&otilde;es teria difundido informa&ccedil;&otilde;es falsas e tentado vincular os ministros do STF Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes a uma fac&ccedil;&atilde;o criminosa. Essas suspeitas surgiram a partir de um arquivo eletr&ocirc;nico apreendido na primeira fase da opera&ccedil;&atilde;o, realizada no ano passado.

A <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/policia%20federal" target="_blank">Pol&iacute;cia Federal (PF)</a> est&aacute; investigando a poss&iacute;vel utiliza&ccedil;&atilde;o do software espi&atilde;o FirstMile pela Ag&ecirc;ncia Brasileira de Intelig&ecirc;ncia (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). H&aacute; suspeitas de que a Abin tenha produzido relat&oacute;rios sobre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e pol&iacute;ticos advers&aacute;rios do ex-presidente.

Entre os poss&iacute;veis alvos estariam os ministros do STF, Gilmar Mendes, e pol&iacute;ticos como o atual ministro da Educa&ccedil;&atilde;o, Camilo Santana, que na &eacute;poca era governador do Cear&aacute;. A investiga&ccedil;&atilde;o, segundo a Folha, aponta para a exist&ecirc;ncia de uma estrutura paralela dentro da Abin, composta por policiais federais e oficiais de intelig&ecirc;ncia pr&oacute;ximos ao ent&atilde;o diretor da ag&ecirc;ncia, Alexandre Ramagem.

<a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/125906,ramagem-e-alvo-da-pf-em-operacao-que-investiga-monitoramento-indevido-de-cidadaos-na-abin" target="_blank">O deputado federal &eacute; um dos alvos da opera&ccedil;&atilde;o Vigil&acirc;ncia Aproximada, deflagrada pela PF nesta quinta-feira (25)</a>, que visa desmantelar uma &quot;organiza&ccedil;&atilde;o criminosa que se instalou na Abin com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades p&uacute;blicas e outras pessoas, utilizando-se de ferramentas de geolocaliza&ccedil;&atilde;o de dispositivos m&oacute;veis sem a devida autoriza&ccedil;&atilde;o judicial&quot;. Al&eacute;m disso, ao menos dois agentes da PF que atuavam no Centro de Intelig&ecirc;ncia Nacional (CIN) tamb&eacute;m s&atilde;o alvos das medidas.

Essa a&ccedil;&atilde;o &eacute; um desdobramento da opera&ccedil;&atilde;o &Uacute;ltima Milha, que investigou o uso do FirstMile em outubro de 2023. Nessa nova fase, o foco principal s&atilde;o os policiais que atuavam na Abin, especialmente no CIN, estrutura ligada ao gabinete de Ramagem na ag&ecirc;ncia durante o governo Bolsonaro. No total, sete policiais federais foram afastados de seus cargos p&uacute;blicos como resultado dessa investiga&ccedil;&atilde;o.

A Pol&iacute;cia Federal deflagrou, na manh&atilde; desta quinta-feira (25), a Opera&ccedil;&atilde;o &#39;Vigil&acirc;ncia Aproximada&#39;. Segundo a PF, a&nbsp;a&ccedil;&atilde;o&nbsp;investiga&nbsp;uma organiza&ccedil;&atilde;o criminosa que se instalou na <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/Abin">Ag&ecirc;ncia Brasileira de Intelig&ecirc;ncia (Abin)</a>&nbsp;com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades p&uacute;blicas e outras pessoas, utilizando-se de ferramentas de geolocaliza&ccedil;&atilde;o de dispositivos m&oacute;veis sem a devida autoriza&ccedil;&atilde;o judicial.

Segundo a GloboNews, um dos alvos &eacute; o ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que dirigiu a Abin no governo Jair Bolsonaro.

Policiais federais cumprem 21 mandados de busca e apreens&atilde;o, al&eacute;m de medidas cautelares diversas da pris&atilde;o, incluindo a suspens&atilde;o imediata do exerc&iacute;cio das fun&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas de sete policiais federais. As dilig&ecirc;ncias de busca e apreens&atilde;o ocorrem em Bras&iacute;lia (18), Juiz de Fora (1), S&atilde;o Jo&atilde;o Del Rei (1) e Rio de Janeiro (1).

A opera&ccedil;&atilde;o &eacute; uma continua&ccedil;&atilde;o das investiga&ccedil;&otilde;es da Opera&ccedil;&atilde;o &Uacute;ltima Milha, deflagrada em 20 de outubro de 2023. As provas obtidas a partir das dilig&ecirc;ncias executadas pela Pol&iacute;cia Federal &agrave; &eacute;poca indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin&nbsp;e utilizou ferramentas e servi&ccedil;os daquela ag&ecirc;ncia de intelig&ecirc;ncia do Estado para a&ccedil;&otilde;es il&iacute;citas, produzindo informa&ccedil;&otilde;es para uso pol&iacute;tico e midi&aacute;tico, para a obten&ccedil;&atilde;o de proveitos pessoais e at&eacute; mesmo para interferir em investiga&ccedil;&otilde;es da PF.

Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de invas&atilde;o de dispositivo inform&aacute;tico alheio, organiza&ccedil;&atilde;o criminosa e intercepta&ccedil;&atilde;o de comunica&ccedil;&otilde;es telef&ocirc;nicas, de inform&aacute;tica ou telem&aacute;tica sem autoriza&ccedil;&atilde;o judicial ou com objetivos n&atilde;o autorizados em lei.

Ap&oacute;s a Pol&iacute;cia Federal (PF) deflagrar uma opera&ccedil;&atilde;o contra servidores da <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/abin" target="_blank">Ag&ecirc;ncia Brasileira de Intelig&ecirc;ncia (Abin)</a> por uso indevido de sistema de monitoramento e geolocaliza&ccedil;&atilde;o de celulares, o ministro da Casa Civil, <a href="https://www.portalsalvadorfm.com.br/noticias/tags/rui%20costa" target="_blank">Rui Costa</a>, convocou uma reuni&atilde;o com a c&uacute;pula da Ag&ecirc;ncia, que &eacute; subordinada a sua pasta.&nbsp;

Segundo informa&ccedil;&otilde;es do blog do Igor Gadelha, do Portal Metr&oacute;poles, o encontro, que n&atilde;o estava na agenda do ministro, ocorreu com o diretor-adjunto da Ag&ecirc;ncia, Alessandro Moretti, no Pal&aacute;cio do Planalto. Ainda segundo o colunista, a opera&ccedil;&atilde;o teria ampliado a press&atilde;o para substitui&ccedil;&atilde;o do comando &oacute;rg&atilde;o, atualmente gerido por Luiz Fernando Corr&ecirc;a.&nbsp;

Na opera&ccedil;&atilde;o desta sexta, a PF cumpriu 25 mandados de busca e apreens&atilde;o e dois de pris&atilde;o contra servidores da Abin. A Pol&iacute;cia constatou que servidores utilizaram um sistema israelense secreto para espionar jornalistas, advogados, pol&iacute;ticos e at&eacute; ministros do STF durante os tr&ecirc;s primeiros anos do governo Jair Bolsonaro.

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